sexta-feira, 6 de abril de 2012

Vodun, fonte multimilenar da vida e da abundância

Nós, Afro-descendentes no Novo Mundo, devemos muito ao Haiti, uma república independente, orgulhoso desde 1804. Como resultado de sua vitória, O Vodu haitiano, tendo suas raízes ancestrais em muitas religiões indígenas da África Ocidental, é a religião de matriz africana mais conhecida Africano que sobreviveu e floresceu no Novo Mundo. Felizmente a “ Religião do Vodu” persiste pujante e orgulhosa da sua origem milenar. Essa Religião é a fonte de enriquecimento espiritual e elevação da natureza trazida para o nosso Novo Mundo pelos povos Ewe, um grande grupo Gbe falantes, do qual os Fon, os Mina e os Adja são subgrupos. No entanto, vários são os estudos que apontam para um grupo progenitor comum a todos esses: O grupo Ketu ou nação Ketu que foi um grande reino que hoje se chama Benin (não confundir com a República do Benin) e é a capital do estado de Edo, na parte sul da Nigéria. Relatos orais fazem referencia a existência da Religião Vodu em Ketu desde o século XI, muito antes da expansão do império Oyo. A religião Vodu existia nesta região por mais de 300 anos, até que expansão do império Oyo que a tensão levou a conflitos e a migração progressiva do Ewe e dos Fon e os grupos Gã para o sul.
O fato é que o Vodun não é extensivamente pesquisado nas Américas, com exceção do Brasil,Haiti e, talvez parte de Cuba e dos Estados Unidos. Em adição a essa realidade de desvalorização de uma riqueza, não existe qualquer mivimento intelectual no sentido do resgate histórico de informações perdidas em conseqüência direta da repressão violenta as religiões dos povos africanos escravizados, como parte da campanha de aniquilação cultural em favor da aceitação da sua “ condição inferior”.
Felizmente, a religião Vodu dos nossos ancestrais diretos, os Ewe e outros grupos da África Ocidental escravizados na América, que trouxeram a religião Vodu diretamente da África Ocidental, permanece a custa da nossa força, aqui no Brasil, rebatizada em conseqüência da sua evolução histórica, tomando a denominação Jeje-Nagô. Mas infelizmente, muitas linhagens espirituais de Grandes Famílias Reais dos Voduns morreram em outras partes das Américas, nos roubando, certamente, a oportunidade de partilhar riquezas e sabedorias incomensuráveis.
Por enquanto, vamos manter a entrega da nossa causa à sabedoria de Sogbo. Sabemos que o absoluto Sógbó costuma punir os malfeitores e feiticeiros, e sempre pratica a justiça. É conhecido pelos mahis com a denominação de Sógbó Adan, ou seja: Corajoso Sógbó, diferenciando-o. Assim como o tovodun (Vodun das águas) Avelékété, da praia, do mar e da chuva forte é considerada a esposa de Hevioso, Öya (òrisà nagô) também é considerada a esposa de Sógbó Adan pelos mahis.
Seus filhos são: Djakuta (também conhecidos como Adjakata; Jakata; Jakuta), Aklombe (ou Akolombe), Gbwesu (ou Besu), Akele, Alasan, Gbade (Bade), Aden, Kunte e Agbolensi. Todos pertencendo à família Jivodun (voduns do céu), e todos voduns do raio.
Quando Sógbó Adan dança com seu sokpè, imita os ráios caindo sobre a terra, em ligeiras quebradas na dança. O que é exemplificado por esta toada muito conhecida nos candomblés de Jeje Mahi no Brasil:
Nós???? Somos do Culto Savaluno, ou Jeje Svalú, como também somos conhecidos.

Sógbó Adan tá nu sá gba owè,
(A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa na quebra da dança,)

Sógbó Adan tá nu sá gba o.
A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa, na quebra.”
Referencias:

1) Fonte: http://papoinformal.wordpress.com
http://vodunabeyemanja.blogspot.com.br/2011/04/xangoheviosonzazi-parte-vi-sogbo.html

2) http://www.mamiwata.com/Ewe.html

3) Foto: http://www.infohub.com/vacation_packages/26352

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