sábado, 5 de junho de 2010
A Festa de Zô
A Festa de Zô ou Fogueira de Sogbo, que é o vodun Sogbô, que governa as larvas vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que comandam os raios e trovões, no Kwe Vodun Zô, se comemora no dia 23 de junho.
Durante o dia todos os membros do Kwe trabalham na decoração do barracão e na preparação de uma fogueira na parte externa do barracão e dos comes e bebes que serão consumidos pelos convidados. Depois da ritualística de preparação, no começo da noite, a fogueira é acesa.
O ponto alto da festa é entrada triunfal de Zô, conduzido por Sogbo, um vodun que se assemelha ao Xangô do Yorubás:
Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante. É Sogbô que adentra o salão com fúria de um raio, os olhos bem abertos. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns e a festa prossegue.
Nas aldeias lacustres, nos arredores do atual Allada, era cultuado o Vodum Setohoun (espírito da laguna).Quando Setohoun chegou à aldeia de Hevie (reviê), os nativos o batizaram com o nome de Hevioso ou Hebyoso. No Dahomey ele recebeu o nome de Xevioso, quando chegou trazido por uma nativa da aldeia de Hevie.
Na cidade de Mahi era cultuado o Vodum Djiso (djisô) na tribo Djétovi. Nesta mesma cidade, também eram cultuados os Voduns: Gbame-so (bamé-sô) que tudo indica ser o mesmo Bade que conhecemos no Brasil; Akhombe-so (acrombé sô); Ahoute-so (aroutêsô) e Djakata-so (djacatá-sô).
Vale assinalar que em toda a região do Dahomey atual Benin, até os dias de hoje, todos esses Voduns inclusive o Orixá Shango são chamados de SO (sô), que quer dizer raio.
No Dahomey especificamente, Sogbo é visto como Vodun feminino. Era e ainda é para o povo grande deusa, mãe de todos os Voduns So e irmã de Hevioso.
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